Esta semana me deparei com duas situações semelhantes que estavam “torturando” as pessoas nelas envolvidas. Penso que talvez outras pessoas precisem das respostas que tentarei dar logo a seguir e por isso escreverei esse texto. É simples, mas espero que também seja esclarecedor.
Primeiramente o que me chamou atenção é o fato de que a explicação das coisas é fácil a partir do momento que temos uma noção clara sobre quem é Deus e seus objetivos para com o homem.
Num destes casos um jovem questionava sobre onde estava o erro de “apenas dançar e curtir” numa festa com os amigos e amigas, sem se embriagar ou se drogar (mesmo que os amigos já estejam embriagados), como num aniversário, numa balada, numa festa de formatura, e isso, após ter firmado um compromisso com Cristo.
Primeiramente, aquela pergunta simples que resolve a maioria dos problemas que temos na vida deve ser feita: O que Jesus faria? Depois, é importante entender a questão da luta da CARNE X ESPÍRITO. A carne sempre quer ser saciada, e creio que apenas dançar num lugar onde os demais estão desejando muito mais que isso fica complicado, pois a carne não se converte. Então temos que vigiar neste aspecto.
Porém, o que percebi é que o principal motivo deste jovem desejar ir a um lugar desses era não parecer um “crente careta”, e assim, mostrar que ser crente não é “chato” como os amigos pensavam.
A diferença entre dançar numa balada e na igreja para mim é simples, porém enorme. Depois da balada você vai pra casa (em algum momento), não sente nada de especial (além de mal-estar no caso de beber demais e cansaço físico), e acaba uma hora ou outra se sentindo sozinho, precisando novamente de mais para se saciar. Por outro lado, depois de celebrar a Deus, você volta da igreja e o dono da festa vai com você para casa (Jesus), e ele não te deixa sozinho, muito pelo contrário, enche nossa vida e supri todas as nossas necessidades. Essa é a diferença “básica” que pude viver na prática.
Então, eu comparo o dançar para Deus como uma Ferrari e dançar numa balada como um fusca. Quem nunca viu uma Ferrari pode até achar o fusca um carro bom. Mas quem já andou numa Ferrari vai chorar quando entrar num fusca, pode ter certeza.
Nosso papel não é mostrar que não somos caretas, e descer da nossa Ferrari (oportunidade de dançar na presença de Deus) e entrar no fusquinha que o mundo oferece. Mas sim mostrar para o mundo que é muito melhor andar de Ferrari do que de Fusca.
É tão maravilhoso poder estar na presença de Deus que nada se compara a isso a ponto de eu querer fazer outra coisa. O caso não é apenas deixar que ir a uma balada por uma regra, mas entender que é tão melhor estar com Deus que o resto é resto. O dia que eu pude assistir um jogo de camarote, nunca mais quis ir na geral (não que possa ir sempre no camarote, mas com Deus é diferente). Assim, o dia que conheci Jesus (camarote), nunca mais quis ir no mundo (geral).
Para deixar um versículo que se enquadra aqui, cito I Coríntios 10.31:
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”
No outro caso, um jovem estava assustado com a idéia que entendeu numa pregação, de Deus querer controlar nossa vida, de ter que se entregar 100%, de não poder fazer mais nada dali pra frente, de ser tudo ou não ser nada.
Primeiro vou dar um exemplo básico para elucidar esta questão. Entre poder colocar minha empresa na mão de um ótimo administrador, o melhor da cidade e o pior administrador da cidade, qual eu escolheria? Entenda que o melhor administrador quer que a empresa cresça e dê mais lucro, porém o pior a fará quebrar e desaparecer. Claro que eu colocaria na mão do melhor, e ficaria tranqüilo sabendo que ele fará a empresa crescer. Deus é o melhor e o Diabo é o pior.
Porém, muitas pessoas vêem Deus como um carrasco que quando colocarmos nossa vida nas mãos dele, será terrível, será uma verdadeira prisão, porém isso advém de uma idéia totalmente errônea a respeito de Deus. Vamos ver o que a Bíblia diz em Jeremias 29.11:
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.”
E Isaías 49.15:
“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.”
Uma pessoa que entende que Deus quer o melhor para nossa vida, e cuidará melhor que nós mesmos dela, não tem problema em entregar-se a ele. Agora, colocar a vida nas mãos do príncipe deste mundo que tem por objetivo matar, roubar e destruir, daí sim é uma prisão.
E mais uma vez, a vida com Deus é tão melhor, que se entregar não é uma obrigação, mas o desejo mais óbvio daquele que tem um encontro real com Deus. Podemos confiar nele. É válido lembrar do que Deus fez para poder estar conosco e o que tem reservado para nós, no conhecido versículo 16, do capítulo 3º do evangelho de João:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu único filho para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Que Deus abençoe sua vida, e que questões às vezes tão difíceis se tornem fáceis ao se deparar com a grandeza, misericórdia e infinita sabedoria do nosso Deus.
Jef Jones
