O PONTO EM COMUM

Quanto mais o mundo cresce, mas se divide. Essa é a realidade atual e o ser humano fez com sua essência pecadora ainda mais força para que isso se tornasse verdade.

Os países nos dividem, os estados nos dividem, as cidades nos dividem, até os bairros nos dividem. O time de futebol nos divide, o partido político nos divide, a faculdade, a profissão, a classe social, o saldo em conta bancária, a cor da pele, a casa em que moramos, o carro, e por ai vai...

Existem tantas coisas que nos dividem que é difícil olhar e ver o que nos aproxima. Quando vejo cenas de um ser humano apontando a arma para o outro e disparando vários tiros, um marido que bate em sua esposa, torcedores que depredam o carro de um torcedor adversário, até mesmo um cliente tratando mal um(a) vendedor(a) só pelo fato de ser cliente e achar que sempre tem razão, fico a me perguntar: mas eles não são iguais a nós? Não somos todos seres humanos? (Por mais simples que seja a resposta, muitos vão na contramão).

Essa divisão é o fator gerador das guerras, é o que faz uma nação como a Alemanha ser enganada por um tirano achando que realmente era uma raça superior, e que enganou os negros por séculos, fazendo-os acreditar que eram inferiores. Mentiras e mais mentiras advindas da divisão. Toda divisão é também resultado do egoísmo, do egocentrismo, do “meu” contra o “seu”, sem sequer cogitar a possibilidade do “nosso”.

Então você pergunta: Porque olhando de diferentes pontos Deus nos fez tão diferentes?

Deus fez o homem igual em sua essência. Na criação nos fez à sua imagem e semelhança (e quero até frisar aqui para os desavisados, filósofos e professores de faculdades extremamente graduados que ficam falando besteiras na frente dos alunos como: “é um absurdo o ser humano achar que é imagem e semelhança de Deus, é muito pretensioso, é se achar como o próprio Deus”, que a questão de imagem e semelhança está ligada à essência, ao caráter, aos valores e não como o reflexo de um espelho, não perfeitos, onipotentes, oniscientes e onipresentes).

Se foi Deus quem nos fez, como somos assim, então? Porque tanta divisão? Posso afirmar que os valores estão sendo distorcidos e o que Deus realmente ama não é a divisão, mas sim a diversidade! Grave isto. Olhe para uma floresta, Deus criou milhares de espécies de árvores, diferentes em tamanho, em cor, frutos e etc., porém, convivendo em perfeita harmonia. Isso é diversidade, não divisão.

Pense num motor, com tantas peças diferentes, mas que quando colocadas juntas funcionando fazem o carro se locomover. Diversidade, porém com harmonia. Poderia citar muitos exemplos, mas é simples entender.

A diversidade faz a vida mais linda, revelando a criatividade de Deus em todas as coisas. Faz com que as pessoas possam expressar seus dons e verem que precisam uma das outras para viver e desfrutarem desta vida.
Quando eu entendo que não nasci para viver sozinho, mas para depender dos dons das pessoas que estão a minha volta, para ajudá-las com aquilo que Deus me deu e ver como é bonito isso, a vida se torna bela.

Quando entendo que um dia os outros precisam de mim, mas lá na frente também posso precisar dos outros, começo a me colocar em meu lugar...O de ser humano.

Deus nos ama como filhos e não faz distinção (no amor) entre filhos mais amados ou menos amados. Isso é bíblico. No próprio povo de Deus, tenho certeza que as coisas vão mudar muito quando todos os filhos entenderem que estamos nessa terra para mostrar a beleza da diversidade, e não as nossas divisões, as placas de nossas denominações, os costumes que seguimos, o véu que usamos ou não, os posicionamentos que achamos certos e condenamos nos outros, e por ai vai. Isso é religiosidade pura, que só traz desgraça.

Por isso gosto mais de Jesus do que da religiosidade. Jesus nos liberta, a religião nos prende. Ela nos divide, Jesus é o ponto de união dentro de toda essa diversidade.

Maior é aquele que nos une do que as coisas que nos separam! Essa é a grande verdade.

Deus abençoe.
Jef Jones.